terça-feira, outubro 17

Aqui estou eu novamente, cheia de pensamentos turbulentos e incômodos. Nessa fase o "tanto faz" não faz sentido, não me alivia, não melhora. Aqui dentro, eu sinto uma espécie de dor de barriga, náusea e machucado e por mais que eu tome uma cartela de remédios, essa dor não vai passar, porquê vem num formato de lembranças e sonhos que caíram ao longo desses anos e as lembranças, não podem ser afetados, a não ser que você caia e perca a memória, mas eu não quero cair, pois nessa vida já cai centenas de vezes. Eu não sei mais o que esperar das pessoas e muito menos de mim, não tenho certeza de absolutamente nada na minha vida, porquê está tudo tão perdido...
Eu me sinto como o fogo, que é usado só em momentos de muito frio, mas quando o calor vem, o descartam sem ao menos agradecer pelo alento naquela noite ou apenas o fogo que acende o cigarro, as pessoas fumam o cigarro pra sanar algum estresse, alguma frustração, mas elas esquecem que quem acende o cigarro sou eu: O fogo!
Talvez, talvez porquê eu não sei de mais nada, eu esteja encontrando um eu que sumiu há algum tempo atrás, porém sem sonhos, sem o sonhadora no nome. Eu tenho perdido tanta coisa e não tenho achado e nem ganhado nada com essas perdas e isso é o que mais dói. Me refiz, me desfiz e só encontrei dor na maioria dos meus caminhos.
Onde eu encontro a porra da felicidade que todo mundo busca e se mata pra ter? De onde vem tantos sorrisos se na maioria dos caminhos a gente só encontra desgosto? Mais perguntas sem respostas, mais questionamentos sem argumentos.
O que é ser forte? É fingir que nada aconteceu e encarar a dor sem chorar e amar sem ser amado e continuar buscando respostas para as perguntas? É ser fiel o tempo todo e ter que se acostumar com a infidelidade que te cerca?
Pra mim, ser forte nessas horas é tomar um café bem quente e fumar um cigarro, é olhar pro meu interior e chorar quando necessário, é abrir a janela e perguntar: "Porque Deus?", é me cobrir com o lençol mais felpudo de casa e esconder meus medos ali debaixo, juntinho de mim.
Apesar de todos os problemas eu continuo viva, continuo deixando as coisas fluírem sem expectativas de nada, apenas tô aí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário