domingo, janeiro 4

Que sentimento fdp, que arde, que dói, que machuca. Passa ano, entra ano e isso não vai embora de mim. Que falta de vontade própria, eu sentada no bar, fumando meu cigarro, milhões de pessoas e eu só consigo pensar em uma só. Ele me olha, fala no ouvido do amigo dele e eu faço a linha de quem não ta nem ligando, sendo que meu coração não se contenta só com o peito, ele invade minha boca querendo pular pra fora e ter vida própria. Que sentimento fdp, eu repito. O pior é que sou covarde, eu fumo um cigarro atrás do outro tentando amenizar a abstinência que ele causa em mim. A perna treme, não no sentido figurado, ela realmente está tremendo, junto com a mão e com o corpo inteiro. Eu acabei de levantar, só na ânsia de querer que tudo isso passe, porque me sinto tão frágil com tudo isso. Minha vontade não era de beija-lo, mas sim de tocar de sentir aquele choque de realidade e ver se é isso mesmo ou só é coisa da minha cabeça. Está na cara que não. Está na cara que não, porque até pra tirar o cigarro do maço foi uma dificuldade só. Odeio me sentir distante, com o coração já na mão, é! Ele está na minha mão. Que situação! Ridícula por sinal, mas bonita ao mesmo tempo. Ele é tao lindo, mesmo eu odiando o fato dele não prestar, de não ter valido nada. Mas ta bom, que sirva, sirva de aprendizado por eu ser tão idiota todo esse tempo, inclusive agora. To te escrevendo porque é a única que entende, que me faz entender. Meu cigarro ta acabando e vou acender outro, porque ninguém é de ferro né?

Desabafo pra uma amiga.

(fatos verídicos, de agora por sinal.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário