domingo, maio 25

Eu tenho vívido um dia após o outro, sem pensar no amanhã e muito menos no ontem. Tenho feito coisas pra afastar meus pensamentos mais frágeis e improváveis, tenho me afundado de leitura, de bons filmes e de boas canções na intenção de me afundar em coisas boas, porque de ruim já me afundei demais. Tenho encontrado detalhes em mim que nem sabia mais que existiam, que foram se apagando nos dias que estive ao seu lado. Hoje me encontro sozinha, sentada num ponto de ônibus escrevendo coisas que só passam pela minha cabeça e olhando de relance um casal que passeia com um cachorro a menos de um metro de distância de mim. Não me importo com o fato de estar só, porque estou só, mas estou cheia de mim. De ideias, de projetos e sentimentos que quase não afetam muito no que eu sou. Eu não posso dizer que aprendi, porque aprender as vezes não é necessário, mas posso dizer que me tornei algo e alguém que a quase doía meses atrás estava pedindo pra me tornar. Hoje eu não choro, não sofro e muito menos brigo por alguém que nunca fará o mesmo por mim, hoje eu amo a mim, amo os meus momentos, meus surtos por leituras, minhas novas reconquistas... As vezes é necessário abrir mão de algo pra você ser feliz ou pelo menos tentar, porque eu não estou feliz, porque falta você, mas agora eu tento ser e isso foi até hoje o meu maior ato de coragem. Um dia quem sabe, aqui, ali ou até mesmo lá você me encontre, porque eu não quero mais encontrar você e mesmo não querendo deixo ainda jogo migalhas pelo chão pra você por fim tentar correr atrás de mim.

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